segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Homilia do Papa - Vésperas na Igreja da Cartuxa de Serra San Bruno

Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)







Venerados irmãos no Episcopado,queridos Irmãos Cartuxos,
irmãos e irmãs!

Dou graças ao Senhor, que me conduziu a este lugar de fé e oração, a Cartuxa de Serra San Bruno. Ao renovar a minha grata saudação a Dom Vincenzo Bertolone, Arcebispo de Catanzaro-Squillace, dirijo-me com grande afeto a esta Comunidade Cartusiana, a cada um dos seus membros, a partir do Prior, padre Jacques Dupont, ao qual agradeço de coração pelas suas palavras, pedindo-vos que estendais o meu grato e benedicente pensamento ao Ministro Geral e às freiras da Ordem.

É-me caro, antes de tudo, sublinhar como esta minha Visita situa-se em continuidade com alguns sinais de forte comunhão entre a Sé Apostólica e a Ordem dos Cartuxos, acontecidos durante o último século. Em 1924, o Papa Pio XI emitiu uma Constituição Apostólica com a qual aprovou os Estatutos da Ordem, revistos à luz do Código de Direito Canônico. Em maio de 1984, o Beato João Paulo II dirigiu uma carta especial ao Ministro Geral, por ocasião do IX centenário da fundação por parte de São Bruno da primeira comunidade da Cartuxa, junto a Grenoble. Em 5 de outubro daquele mesmo ano, meu amado predecessor esteve aqui, e a memória de sua passagem dentro desses muros ainda está viva. Na esteira desses acontecimentos passados, mas sempre atuais, venho a vós hoje, e gostaria que este nosso encontro destacasse o profundo vínculo que existe entre Pedro e Bruno, entre o serviço pastoral à unidade da Igreja e da vocação contemplativa na Igreja . A comunhão eclesial, de fato, tem necessidade de uma força interior, aquela força que há pouco o Padre Prior recordava citando a expressão "captus ab Uno”, referida a São Bruno: "aferrado ao Uno", a Deus, "Unus potens per omnia", como cantamos no Hino das Vésperas. O ministério dos Pastores traz da comunidade contemplativa uma seiva espiritual que vem de Deus.

“Fugitiva relinquere et aeterna captare”: abandonar a realidade fugaz e buscar ater-se ao eterno. Nessa expressão da carta que o vosso fundador endereçou ao Reitor de Reims, Rodolfo, encerra-se o núcleo da vossa espiritualidade (cf. Lettera a Rodolfo, 13): o forte desejo de entrar em união de vida com Deus, abandonando todo o resto, tudo o que impede essa comunhão e deixando-se agarrar pelo imenso amor de Deus e viver somente por esse amor. Queridos irmãos, vós tendes encontrado o tesouro escondido, a pérola de grande valor (cf. Mt 13,44-46); tendes respondido com radicalidade ao chamado de Jesus: "Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me!" (Mt 19, 21). Cada mosteiro – masculino ou feminino – é um oásis em que, com a oração e a meditação, escava-se incessantemente o poço profundo do qual tirar a "água viva" para a nossa sede mais profunda. Mas a Cartuxa é um oásis especial, onde o silêncio e a solidão são protegidos com cuidado especial, segundo o modo de vida iniciado por São Bruno e mantido inalterado ao longo dos séculos. "Habito no deserto com os irmãos," é a frase sintética que escrevia o fundador (Lettera a Rodolfo, 4). A visita do Sucessor de Pedro nesta Cartuxa pretende confirmar não somente a vós, que aqui viveis, mas a toda a Ordem, em sua missão, tanto mais atual e significativa no mundo de hoje.

O progresso técnico, assinaladamente no campo dos transportes e das comunicações, tornou a vida humana mais confortável, mas também mais agitada, às vezes convulsiva. As cidades são quase sempre barulhentas: raramente há silêncio, porque um ruído de fundo permanece sempre, em algumas áreas também durante a noite. Nas últimas décadas, pois, o desenvolvimento dos media tem propagado e amplificado um fenômeno que já aparecia nos anos sessenta: a virtualidade que ameaça dominar a realidade. Cada vez mais, mesmo sem perceber, as pessoas estão imersas em uma dimensão virtual, por causa de mensagens audiovisuais que acompanham sua vida da manhã à noite. A maioria dos jovens, que já nascem nessa condição, parecem encher com música e imagens cada momento vazio, quase com medo de sentir, de fato, este vazio. Trata-se de uma tendência que sempre existiu, especialmente entre os jovens e nos contextos urbanos mais desenvolvidos, mas hoje atinge um nível tal a se falar em mutação antropológica. Algumas pessoas não são mais capazes de ficar muito tempo em silêncio e solidão.

Quis acenar a essa condição sócio-cultural porque coloca em relevo o carisma específico da Cartuxa, como um dom precioso para a Igreja e para o mundo, um dom que contém uma mensagem profunda para a nossa vida e para toda a humanidade. O resumiria assim: retirando-se no silêncio e na solidão, o homem, por assim dizer, se "expõe" ao real na sua nudez, se expõe àquele aparente "vazio" que mencionamos antes, para experimentar, ao contrário, a Plenitude, a presença de Deus, da Realidade mais real que há, e que está além da dimensão sensível. É uma presença perceptível em todas as criaturas: no ar que respiramos, na luz que vemos e que nos aquece, na relva, nas pedras ... Deus, Creator omnium, através de tudo, mas está além, e exatamente por isso é o fundamento de tudo. O monge, deixando tudo, por assim dizer, "arrisca": se expõe à solidão e ao silêncio para não viver em nada além do essencial, e exatamente no viver do essencial encontra também uma profunda comunhão com os irmãos, com cada homem.

Alguém poderia pensar que seja suficiente vir aqui fazer este "salto". Mas não é. Esta vocação, como qualquer outra vocação, encontra resposta em um caminho, na busca de toda uma vida. Não basta, de fato, retirar-se em um lugar como esse para aprender a estar na presença de Deus. Como no matrimônio, não é suficiente celebrar o Sacramento para se tornar efetivamente um só, mas é preciso deixar que a graça de Deus aja e percorrer juntos a rotina diária da vida conjugal, assim o tornar-se monges requer um tempo, exercício, paciência, "em uma perseverante vigilância divina – como afirmava São Bruno –esperando o retorno do Senhor para abrir-lhe imediatamente a porta" (Lettera a Rodolfo, 4); e exatamente nisto reside a beleza de todas as vocações na Igreja: dar tempo para que Deus trabalhe com o Seu Espírito e à própria humanidade de formar-se, de crescer segundo a medida da maturidade de Cristo, naquele particular estado de vida. Em Cristo está o tudo, a plenitude; nós temos necessidade de tempo para fazer nossa uma das dimensões do seu mistério. Poderíamos dizer que este é um caminho de transformação em que se atua e se manifesta o mistério da ressurreição de Cristo em nós, mistério a que nos chamou esta noite a Palavra de Deus na Leitura bíblica, tirada da Carta aos Romanos: o Espírito Santo , que ressuscitou Jesus dentre os mortos, e que dará vida também a nossos corpos mortais (cf. Rm 8, 11), é Aquele que opera também a nossa configuração a Cristo de acordo com a vocação de cada um, um caminho que se desenrola da fonte batismal até morte, passagem para a casa do Pai. Às vezes, aos olhos do mundo, parece impossível permanecer por toda a vida em um mosteiro, mas, na realidade, uma vida é suficiente apenas para entrar nesta união com Deus, naquela realidade essencial e profunda que é Jesus Cristo.

Por isso vim aqui, queridos irmãos que formais a Comunidade cartusiana de Serra San Bruno! Para dizer-vos que a Igreja precisa de vós, e que vós tendes necessidade da Igreja. O vosso lugar não é marginal: nenhuma vocação é marginal no Povo de Deus: somos um só corpo, em que cada membro é importante e tem a mesma dignidade, e é inseparável do todo. Também vós, que viveis em um isolamento voluntário, estais, na realidade, no coração da Igreja, e fazeis escorrer em suas veias o sangue puro da contemplação e do amor de Deus.

Stat Crux dum volvitur orbis – assim diz o vosso lema. A Cruz de Cristo é o ponto firme, em meio às mudanças e reviravoltas do mundo. A vida em uma Cartuxa participa da estabilidade da Cruz, que é aquela de Deus, do seu amor fiel. Permanecendo sadiamente unidos a Cristo, como ramos à videira, vós também, Irmãos Cartuxos, estais associados ao seu mistério de salvação, como a Virgem Maria, que na junto à Cruz stabat, unida ao Filho na mesma oblação de amor. Assim, como Maria e junto a ela, também você estais inseridos profundamente no mistério da Igreja, sacramento de união dos homens com Deus e entre si. Nisso, vós sois singularmente próximos ao meu ministério. Cuide, portanto, de nós a Mãe Santíssima da Igreja, e o santo Pai Bruno abençoe sempre do Céu a vossa comunidade. Amém!


Homilia
Celebração das Vésperas
Visita Pastoral a Lamezia Terme e a Serra San Bruno
Igreja da Cartuxa de Serra San Bruno

Domingo, 09 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Poustinia Monastério de São Bento - Garanhuns



 La Contemplación no es un camino de conocimiento sino un llamado a una experiencia que trasciende todo camino o proyecto.

domingo, 9 de outubro de 2011

Hermano Rafael - Dios y mi alma (V)
7 de abril de 1938 - jueves
Día 7 de abril de 1938.
Jesús mío, arrodillado humildemente a los pies de tu santísima Cruz, te pido con todo fervor me des la virtud de la paciencia, me hagas humilde y me llenes de mansedumbre... Jesús mío, mira que esas tres cosas las necesito mucho.
Ayer sufrí un desprecio de un hermano..., me hizo llorar y si no hubiera sido porque Tú desde la Cruz me enseñaste a perdonar, quizás hubiera cometido una falta ¡Cuánto me costó vencerme!... Pero dormí más tranquilo.
Bendito Jesús, ¿qué me enseñarán los hombres, que no enseñes Tú desde la Cruz?
Ayer vi claramente que solamente acudiendo a Ti se aprende; que sólo Tú das fuerzas en las pruebas y tentaciones y que solamente a los pies de tu Cruz, viéndote clavado en ella, se aprende a perdonar, se aprende humildad, caridad y mansedumbre.
No me olvides, Señor..., mírame postrado a tus pies y accede a lo que te pido.
Vengan luego desprecios, vengan humillaciones, vengan azotes de parte de las criaturas..., ¡qué me importa! Contigo a mi lado lo puedo todo... La portentosa, la admirable, la inenarrable lección que Tú me enseñas desde tu Cruz, me da fuerzas para todo.
A Ti te escupieron, te insultaron, te azotaron, te clavaron en un madero, y siendo Dios, perdonabas humilde, callabas y aún te ofrecías... ¡Qué podrá decir yo de tu Pasión!.. Más vale que nada diga y que allá adentro de mi corazón medite en esas cosas que el hombre no puede llegar jamás a comprender.
Conténteme con amar profundamente, apasionadamente el misterio de tu Pasión, y aprenda a sufrir de la manera que Tú lo hiciste. Ya sé que eso es el imposible de los imposibles, pero mira Señor Jesús mi intención.
¡Qué dulce es la Cruz de Jesús! ¡Qué dulce es sufrir perdonando!
¡Qué dulce es sufrir abandonado de los hombres estando abrazado a la Cruz de Cristo! ¡Qué dulce es llorar un poquito nuestras penas y unirlas a la Pasión de Jesús! ¡Qué bueno es Dios, que así me prueba, y desde su Cruz santa, me enseña! Me enseña sus llagas manando sangre inocente; me enseña un semblante del que en medio de la agonía y del dolor, no salen quejas, sino palabras de amor y de perdón.
¡Cómo no volverme loco!... Me enseña su Corazón abierto a los hombres, y despreciado... ¡Dónde se ha visto ni quién ha soñado dolor semejante!
¡Qué bien se vive en el Corazón de Cristo! ¿Quién se puede quejar de padecer?
Sólo el insensato que no adore la Pasión de Cristo, la Cruz de Cristo, el Corazón de Cristo, puede desesperarse en sus propios dolores.
Pero el que de veras ame, y sienta lo que es unirse a Jesús en la Cruz, ese bien puede decir que es sabroso el padecer, que es dulce como miel el dolor, que es un enorme consuelo el padecer soledad tedio y tristeza por parte de los hombres.
¡Qué bien se vive, junto a la Cruz de Cristo!
Cristo Jesús, enséñame a padecer... Enséñame la ciencia que consiste en amar el menosprecio, la injuria, la abyección... Enséñame a padecer con esa alegría humilde y sin gritos de los santos... Enséñame a ser manso con los que no me quieren, o me desprecian... Enséñame esa ciencia que Tú desde la cumbre del Calvario muestras al mundo entero.
Mas ya sé..., una voz interior muy suave me lo explica todo..., algo que siento en mí que viene de Ti y que no sé explicar, me descifra tanto misterio que el hombre no puede entender... Yo, Señor, a mi modo, lo entiendo..., es el amor..., en eso está todo... Ya lo veo, Señor..., no necesito más, no necesito más... es el amor, ¿quién podrá explicar el amor de Cristo?... Callen los hombres, callen las criaturas... Callemos a todo, para que en el silencio oigamos los susurros del Amor, del Amor humilde, del Amor paciente, del Amor inmenso, infinito que nos ofrece Jesús con sus brazos abiertos desde la Cruz.
El mundo loco, no escucha... Loco e insensato vuela embriagado en su propio ruido..., no oye a Jesús, que sufre y ama desde la Cruz.
Pero Jesús necesita almas que en silencio le escuchen.
Jesús necesita corazones que olvidándose de sí mismos y lejos del mundo. adoren y amen con frenesí y con locura su Corazón dolorido y desgarrado por tanto olvido. Jesús mío, dulce dueño de mis amores, toma el mío.
A los pies de tu Cruz lo pongo... Está junto al de María. Jesús mío, tómalo..., enséñale tus heridas... Enséñale tus dolores y tus amarguras. Enséñale tus tesoros para que aprenda a despreciar el mundo y todo lo que no seas Tú... Enséñale el amor... Ponle junto a tu Corazón para que de una vez se embriague en tus delicias, y se empape en tu purísima divinidad.
Virgen María..., estoy loco, no sé lo que pido, no se lo que digo... Mi alma desbarra... No sé lo que siento; mis palabras son torpes y mal arregladas, pero tú, Virgen María, Madre mía, que ves los anhelos de todos tus hijos, sabrás comprender.
Ya sé que es mucho lo que pido, pues lo pido todo.
Yo en cambio, Señora, todo lo he dado y si aún me queda algo, tómalo también, Señora, y dáselo a Jesús. Ya sé que aunque diera mil vidas que tuviera, no sería digno de recibir ni siquiera un pensamiento bueno de Dios, pero es mi modo de hablar... Ya sé que lo he dado todo y... es nada. No alego, pues, lo que el mundo cree méritos, para pedir a Jesús un poquillo de amor. Él lo da a quien y cuando le place. Y ya que los sacrificios y renuncias que he hecho por Jesús no son bastante..., te ofrezco, Señora, algo que no puedes desechar, algo por medio de lo cual tienes que oírme, algo que hace abrirse los cielos y que el mismo Padre mira complacido... Es, Señora, la Pasión de Cristo, tu Hijo... Es la Sangre de Cristo; es la Cruz donde murió el Hijo de Dios.
Señora, Virgen María..., ¿ves?, con la Cruz lo puedo todo.
No me olvides Madre mía..., y perdona las chifladuras de este pobre oblato trapense, que quisiera volverse chiflado de veras, de tanto amarte a ti, Virgen Madre, y de tanto amar su obsesión..., que es la Cruz de Jesús su divino modelo. Así sea.


sábado, 8 de outubro de 2011






Veni, Creator Spiritus, mentes tuorum visita. Imple superna gratia quae tu creasti pectora Quae gratia superna implementar seu creasti pectore
Qui diceris Paraclitus, Altissimi donum Dei, fons vivus, ignis, caritas, et spiritalis unctio. Qui diceris Paraclitus, Altissimi donum Dei, fons Vivus, ignis, caritas, et spiritalis unctio.
Tu septiformis munere, digitus paternae dexterae, tu rite promissum Patris, sermone ditans guttura. Seu Septiformis Munera, digitus Paternae dexterae, seu rito promissum Patris, sermões gutturosa ditans.
Accende lumen sensibus, infunde amorem cordibus, infirma nostri corporis, virtute firmans perpeti. Accendo sensibus lúmen, dá amorem cordibus, enfermos nostri corporis, virtute firmans perpeti.
Hostem repellas longius, pacemque dones protinus, ductore sic te praevio, vitemus omne noxium. Hostem gesso longius, presentes pacemque protinus, produtores sic vai praevia, vitemus noxium omne.
Per te sciamus da Patrem, noscamus atque Filium, teque utriusque Spiritum credamus omni tempore. Patrem sciamus per te da, atque noscamus Filium, tecky utriusque omni tempore credamus spiritum.
Deo Patri sit gloria, et Filio qui a mortuis surrexit, ac Paraclito in saeculorum saecula. Deo Patri glória sentar, et Filio qui um Surrexit mortuis, ac Paráclito in saecula saeculorum. Amen Amém